Cativos estão na chaminé,
Seguros em ferro
trabalhado.
Seguram-se na telha em pé.
Giram em dia ventado.
Cata o galo, agarrando as
penas,
Cata o peixe, as
barbatanas,
Cata a oliveira azeitonas
plenas,
Cata o anjo as asas
planas.
Desenhos belos catam os
ventos,
que os homens souberam
criar.
Na tradição fizeram-se
inventos,
que irão para sempre
perdurar.
Cata o Santo a sua
santidade,
Cata a Santa o seu
bem-querer
Cata o dono da casa,
dignidade,
E manda o sino catar a
valer.
Deseja-se que sopre o
vento,
para a imagem poder
rodar.
Que leve longe o tormento
para a felicidade ali
morar.
Cá da terra, nas ruas
idosas
existem belos cataventos.
Uns tornam as casas
airosas,
ou afastam maus
pensamentos.
“Cataventos”,
acrílico sobre tela solta Rosário Sousa
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