Da minha janela para o
mundo
vejo a minha vila tamanha.
Consigo nesta vã façanha
ter um sentimento
profundo.
Sinto a terra que me
abraça.
Sinto a cor dela unida a
mim.
Sinto a pedra que me dará
fim.
Sinto a cruz branca na
vidraça.
E o vermelho da cercadura
Prende-me ao que é
familiar
e da minha vida peculiar
resta uma história
madura.
As rugas avançam no parapeito,
o caruncho e as brechas
na madeira,
mas sinto sempre à minha
maneira
o meu mundo sem dor nem despeito.
Da janela desta minha
reflexão,
vejo a minha história na
Chamusca,
como quem a harmonia
busca,
procuro nestes versos a
paixão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário