segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

O meu mundo…


Da minha janela para o mundo
vejo a minha vila tamanha.
Consigo nesta vã façanha
ter um sentimento profundo.

Sinto a terra que me abraça.
Sinto a cor dela unida a mim.
Sinto a pedra que me dará fim.
Sinto a cruz branca na vidraça.

E o vermelho da cercadura
Prende-me ao que é familiar
e da minha vida peculiar
resta uma história madura.

As rugas avançam no parapeito,
o caruncho e as brechas na madeira,
mas sinto sempre à minha maneira
o meu mundo sem dor nem despeito.

Da janela desta minha reflexão,
vejo a minha história na Chamusca,
como quem a harmonia busca,
procuro nestes versos a paixão. 

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