quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

A mão do pobre


O céu anuncia o encanto de uma estrada celestial.

Compõe as estrelas num anfiteatro de luz e cor.

De passos brancos e manto escorreito vejo divinal

a imagem de um homem eterno que afasta a dor.



Abre os braços rotos e abertos de maltrapilhos

e estende a sua mão pobre pelo firmamento,

implorando paz, união e amor aos seus filhos

em tempos de ódio, rancor e sofrimento.



Cambaleia, apoiando-se num cajado fino e forte.

Espalha palavras de fé, de entrega e de esperança,

mas o seu desígnio confiante não aguarda boa sorte.



É a mão de um pobre que no horizonte se lança

e que nos dá coragem para seguir um norte,

enchendo-nos os olhos descrentes de bonança.

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