Publiquei seis livros e colaborei em algumas coletâneas de poesia e de conto, e, apesar de apresentar este trabalho de escritora relativo a catorze anos desta carreira, não considero que o faça por vaidade ou vontade de querer aparecer em público em sessões de dinamização e promoção dos meus livros, ou Feiras do Livro, nas páginas de alguns jornais, etc., somente para que me sinta importante.
Uso imagens, partilho fotos, eventos, etc., principalmente nas redes sociais, para dar informação aos leitores daquilo que vou fazendo, não porque me queira pavonear deste ou daquele acontecimento, relevante ou não.
Prefiro mesmo estar com o público e, preferencialmente, o mais jovem, por associação à minha área profissional. No entanto, julgo que me entendo bem com qualquer faixa etária. Ninguém imagina o que é ter os livros na mão e poder transmitir as minhas ideias e mensagens sobre eles. É essencialmente por isso que escrevo e publico. É para prestar um bem à comunidade, à cultura, à literatura, ainda que essa missão seja um pouco incompreendida, dedicando-me à promoção da leitura e ao prazer da escrita.
Meus caros, percorri por vezes dezenas de quilómetros para ter numa sala meia-dúzia de pessoas e estive com elas, como se tivesse à minha frente, centenas, exatamente com a mesma força e ânimo; quantas vezes carreguei livros e não vendi um único. Não foi por estes factos que desisti de publicar. Para não falar das centenas de euros, diria milhares, que tenho investido para publicar ao longo destes anos, porque é isto que acontece, meus caros, enquanto não se alcança o lugar ao sol. O caminho é árduo, mas persisto, confiando e acreditando que, um dia destes, após tanto esforço, dedicação e empenho, poderei ter o retorno daquilo que mereço por mérito.
Nunca entenderei, apesar de ter mais aspetos negativos do que positivos, que publicar um livro seja um devaneio, uma vaidade de um escritor, porque quando se está no patamar em que estou, percebe-se bem que se escreve e se publica um livro por amor à camisola, por amor à escrita e nunca por amor ao lucro financeiro que se possa ter. Porque esse é uma miragem num deserto sem oásis à vista.
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