segunda-feira, 29 de abril de 2019

Promoção para o Dia da Mãe

      As mães gostam de flores, de beijos e de abraços, quiçá de um chocolate, de um jantar fora com a família. No entanto, há mães que apreciam outro tipo de surpresas - uma viagem, um fim de semana sem os afazeres diários em casa, uma ida ao cinema ou ao teatro, ou um bom livro. 
     Tenho insistido imenso na minha página de Facebook na promoção do meu livro, e aproveito, eu própria, enquanto autora, para ajudar na campanha promocional da Bertrand online, ou uma WOOK, com os seus descontos, ou até do site da minha editora. Perguntar-me-ão para que é que faço isso? Obviamente que o único benefício concreto desta minha insistência é o de promover e divulgar a minha obra, não é decididamente para enriquecimento pessoal. Estou bastante habituada a fazer este trabalho, mas hão de concordar comigo que não deveria ser assim. Deveria estar sossegada à espera que quem tem o dever de me divulgar o fizesse. Meus caros, desiludam-se! Simplesmente, por muito bom trabalho que se faça e prometa, somos um só número num universo de colegas autores, uns mais conhecidos do que outros, que lutam pelo seu lugar ao sol. Assim, não terei outro remédio senão arregaçar as mangas para tentar que, um dia destes, também tenha um raiozito de sol para mim. Não é egoísmo, não é sentir-me mais do que os outros… cada um no seu lugar… é ter frutos de todo o meu esforço. Apenas lamento que quem devia estar ao meu lado nesta luta, se limite a fazer de conta que não existo, que não pertenço ao grupo dos favoritos, que não valha a pena o esforço para me projetar mais. 
    O recado está dado e, acredito que se entende, pelas minhas palavras, a que me refiro. Acredito igualmente que esta sensação mista de injustiça, desalento, quase revolta, passa pela mente de quem escreve e publica. Apesar de tudo, eu recuso-me a desistir e, daí que, vos encharque de links, de posts, de publicações a apelar pelo meu ou meus livros. Só assim me sinto completa e feliz no mundo dos livros, enquanto não conheço a realidade de viver dos livros (se é que existe). Seria desejável que houvesse alguém que apostasse verdadeiramente em nós, mas o nosso pequeno talento ainda está escondido, envergonhado. Porém a esperança persiste.
    

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