Quase sempre começo a minha produção escrita pelo título e, em torno dele, gira toda a história, todo o enredo. É raro alterá-lo, mas, em algumas ocasiões isso aconteceu. Foi o que sucedeu ao título do meu primeiro grande romance - o título original era O Trilho da Rata Cega, eternamente nossa! Alterei-o atempadamente, em primeiro lugar, influenciada por um autor consagrado, Pedro Chagas Freitas, que me confessou não apreciar o título, mas que o autor era soberano na escolha dele, e depois por considerar que era demasiadamente extenso.
Reafirmo, no entanto, que o título costuma ser a parte mais fácil para mim da conceção de um livro. Se me perguntarem onde tenho mais facilidade para o atribuir, se num romance, ou num conto infantil, direi que será num romance. Existe alguma dificuldade em dar um nome atrativo a um livro ou conto infantil, ou, por exemplo, a um poema. Sinto que, estas narrativas, por serem de menor extensão, devem captar a atenção do leitor e há que existir imenso cuidado na seleção desse título. Afinal o título acaba por ser o principal motor para cativar o leitor, assim como a dimensão dos carateres.
Dois dos meus livros publicados tiveram infelizmente este problema - carateres pequenos - o que julgo ter dificultado a leitura dos textos. O problema não foi meu, aliás, no primeiro caso, foi por falta de experiência minha no campo da paginação e conceção do livro. No segundo caso, não tive propriamente uma opinião a dar sobre a grafia dos carateres e hoje admito que acabou por ser uma condicionante à aquisição de um maior número de livros. De qualquer forma, estão publicados e quem gostar de ler o que escrevo, provavelmente nem reparará na dimensão dos carateres.
Se gosta de um dos títulos dos meus livros, procure saber o que há a descobrir dentro deles. Talvez se surpreenda!
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