Se a minha lezíria fosse uma tela
mandava-a pintar de verde e ouro.
Construía-lhe uma moldura bela,
mais preciosa do que um tesouro.
Se as águas a quisessem inundar
molhava-a doce e calmamente,
para que a bicharada pudesse matar
e nunca murchasse doente.
Se a seca me tirasse o alimento
verteria lágrimas de tristeza
e para suportar o sentimento
cantaria com toda a firmeza.
Lezíria, em ti há uma canção
que acompanha as aves a chilrear
e se aprenderes o eterno refrão
para sempre irás perdurar.
“Lezíria” – Acrílico sobre tela
Rosário Sousa
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