quinta-feira, 16 de maio de 2019

O efeito libertador da escrita

    
Há quem afirme que a escrita é um abrigo, um refúgio, um escape à vida real, uma entrega… A escrita pode ser tudo isto, mas, para mim, a escrita tem um efeito libertador, purificador e relaxante. Através da escrita tudo se consegue, desde que se sinta o que se escreve. A pessoa frágil consegue-se fortalecer, trabalhando as palavras, dando-lhes poesia, consertando enredos e personagens numa ficção.  
    A liberdade para se exprimir impõe-se, quando se usa a escrita. O escritor altera-se, transforma-se, metamorfoseia-se, quando produz uma obra, seja ela, um soneto, um conto ou um romance. Entra no seu mundo, arranjando estratégias, registos, géneros, ou modelos de escrita, e cria o seu próprio estilo. Dá-se ao luxo de inventar palavras, porque tudo lhe é permitido. É dono e senhor do seu processo de escrita, criando, se entender, uma forma pessoal para quebrar normas rígidas. 
      O escritor sente-se livre através da sua produção, mesmo que o olhem com desconfiança. Acredita piamente em tudo o que escreve, apesar de o considerarem menor. Porque ele é grande no seu ego de escritor, produtor de obra inventada, de algo que ninguém criou.
       O escritor projeta a esperança, não parando de acreditar na força das suas palavras, dos seus textos. 
       É assim que se liberta, mostrando aos leitores, que se entrega a eles, mas não depende deles para sobreviver, porque a sua sobrevivência acontece, quando se prepara para começar a escrever de novo. 
     

Nenhum comentário:

Postar um comentário