A liberdade para se exprimir impõe-se, quando se usa a escrita. O escritor altera-se, transforma-se, metamorfoseia-se, quando produz uma obra, seja ela, um soneto, um conto ou um romance. Entra no seu mundo, arranjando estratégias, registos, géneros, ou modelos de escrita, e cria o seu próprio estilo. Dá-se ao luxo de inventar palavras, porque tudo lhe é permitido. É dono e senhor do seu processo de escrita, criando, se entender, uma forma pessoal para quebrar normas rígidas.
O escritor sente-se livre através da sua produção, mesmo que o olhem com desconfiança. Acredita piamente em tudo o que escreve, apesar de o considerarem menor. Porque ele é grande no seu ego de escritor, produtor de obra inventada, de algo que ninguém criou.
O escritor projeta a esperança, não parando de acreditar na força das suas palavras, dos seus textos.
É assim que se liberta, mostrando aos leitores, que se entrega a eles, mas não depende deles para sobreviver, porque a sua sobrevivência acontece, quando se prepara para começar a escrever de novo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário