Constato que os números de hoje em dia equilibram a entrada de rapazes e raparigas no ensino universitário à procura de uma carreira e de um possível futuro, mas ainda há quem opte por não continuar a estudar e decida ir trabalhar. Não é que não se precise de renovar o mundo laboral, em que os mais velhos se reformem e os mais novos ocupem o seu lugar, mas é a escolha ou a opção que se é obrigado a fazer, por motivos económicos ou simplesmente porque se quer começar a receber dinheiro, ou até a urgência de se constituir família.
Para outros, a opção de não continuar a estudar é bem pensada e desejada, porque o seu pensamento e percurso na escola, já previa esse desfecho ou essa concretização.
E ainda há outros jovens que pela sua imaturidade e não perceção do que desejam seguir, que tipo de curso pretendem, ficam numa espécie de "gap year", fazendo part-times aqui e ali, sob a desculpa de não saber bem o que anseiam estudar.
Conheço rapazes e raparigas que, por opção entram logo no mundo do trabalho e, poucos anos depois, se tornam pais e mães. Uns, fazem uma boa opção, outros não. Acredito que alguns tenham perdido uma boa parte da sua juventude para se entregar ao mundo sério de uma família. Inevitavelmente entre eles há uma percentagem em que a vida não lhes corre nada bem. Será porque não tiveram maturidade suficiente para suportar as dificuldades? Porque não têm resistência perante os fracassos? Porque veem os colegas ir mais além e eles já carregam o fardo pesado de uma família, com poucas novidades? Porque se sentem frustrados, cansados, quando veem os outros no auge da juventude?
Existem mil e uma questões que nos ocorrem quando vemos a lista de colocados no ensino superior e não estão lá alguns, que escolhem outros caminhos, mesmo sabendo que a procura de um primeiro emprego não é fácil. Vão em busca de um garante económico e preferem receberem um salário do que esforçarem-se e o orçamento familiar dos pais, durante três ou quatro anos.
Ficam aqui estes apontamentos. Interessa que a opção tomada seja convicta e segura e que os torne realizados e felizes, sejam eles pais aos vinte anos ou estudantes universitários, longe de se preocuparem com a constituição de uma família - o importante é saber escolher um caminho certo para a concretização do seu futuro.
(Imagem da Google)
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